Formador de leitores...

         Sabe-se que muito antes de lerem palavras, as crianças já mantem uma relação ativa com vários objetos portadores de textos. Ainda muito pequnas as crianças aprendem a letra do nome. O estudo do construtivismo da destaque aos saberes já construidos pelos aprendizes, os quais são valorizados como parte do processo de alfabetização.

         Compreender essa situação, com toda sua complexidade, é o caminho indispensável para uma atuação docente responsável e comprometida. É através dela que a comunicação e o conhecimento se tornam meios de operação conjunta entre os alunos eos professores e, todos unidos, podem organizar uma comunidade de compreensão próxima. Nela o professor deixa de ser um transmissor de conhecimentos e passa a disponibilizar modos de participação, propondo e orientando planos de trabalho dando oportunidade de desenvolver diferentes formas de interação e prática cultural.

          Logo, tanto quanto o aluno, é preciso que o professor se torne um sujeito ativo do mundo da leitura, que organize registros de acompanhamento do processo de construção do conhecimento dos alunos, se preocupando com a preservação da experiência dos grupos sociais com os quais interagem, constituindo-se, antes de tudo, um leitor e autor de sua prática pedagógica.

          É preciso deixar claro que somente através de intervensão crítica e reflexiva sobre o fazer pedagógico, o professor é capaz de reconhecer que para uma escola constituída de diferentes gêneros textuais é importante intervir a partir das considerações dessas diferenças apresentando oportunidades em que os alunos possam aprender a ler.

         Conforme ressaltado, a tarefa da escola e de todos educadores que nela atuam é facilitar a compreensão para uma aprendizagem eficaz, mediante as oportunidades. É ensinar que ler promove o indivíduo socialmente, relacionando o que se faz na escola com oque se fazfora dela.

         Nessa perspectiva, a prática de ler se desenvolve através do compromisso partilhado entre professor e aluno, em que o educador atua  como um guia, mediador de cultura; e, o aluno como um sujeio ativo da aprendizagem.